O diário de Bridget Jones by Helen Fielding

(FIELDING, Helen. O diário de Bridget Jones. Edições BestBolso)

O diário de Bridget Jones (que inspirou o filme estrelado por Renée Zellweger) escrito por Helen Fielding é simplesmente hilário como o filme!

No livro, escrito em forma de diário, acompanhamos um ano da vida de Bridget Jones, uma mulher de trinta e poucos anos,  solteira, e que luta para arranjar um namorado, parar de fumar e beber, além de desejar com todas as forças emagrecer. A cada dia iniciado Bridget se pesa, e conta quantos cigarros foram fumados, quantas unidades alcoólicas foram consumidas, e quantas calorias ingeridas.

"Domingo, 8 de janeiro

58 quilos (bom à beça, mas e daí?), 2 unidades alcólicas (excelente), 7 cigarros, 3.100 calorias (ruim).

14 HORAS. Ai, Deus, por que sou tão pouco atraente?"

A protagonista mora sozinha, trabalha em uma editora e é apaixonada pelo seu chefe Daniel Cleaver. 

"As pessoas sensatas dirão que Daniel deve gostar de mim do jeito que sou, mas sou uma filha da cultura Cosmopolitan, fui traumatizada por super modelos e todo tipo de testes e sei que nem minha personalidade nem meu corpo darão conta do recado se não forem bem trabalhados Não aguento a tensão."

Como qualquer mulher sempre precisa de conselhos, sendo eles dados por seus amigos Jude, Sharon e Tom que sempre apresentam as mais loucas teorias para explicar o conflito.

"23 HORAS. Noite agitada. Sharon veio logo com uma tese: o que está acontecendo com Richard é um caso típico de 'babaquice emocional', fato que vem se alastrando como fogo entre os homens com mais de 30 anos."

Como se a vida de solteira já não fosse complicada o bastante  seus pais começam a viver uma crise no casamento, além de todos os "bem casados" ficarem questionando-a sobre quando deixará de ser uma solteirona e se casará. E Una (uma velha conhecida da família) e sua mãe insistem em juntá-la com Mark Darcy um advogado bem-sucedido de Direitos Humanos que acabou de se divorciar.

"– Mark! – chamou Una, como se fosse uma das fadas de Papai Noel. – Quero que você conheça uma pessoa maravilhosa.

Ele se virou e o que de costas parecia um simples suéter azul-marinho era, na verdade, um suéter com gola em V com losangos em vários tons de amarelo e azul – como costumam usar os comentaristas esportivos mais velhos.Como diz meu amigo Tom, as pessoas poderiam gastar muito menos tempo e dinheiro no mundo dos encontros se prestassem atenção aos detalhes. Uma meia branca aqui, um par de suspensórios vermelhos ali, um mocassim cinza acolá, uma suástica são suficientes para informar que não vale a pena anotar um telefone e gastar dinheiro com almoços em restaurantes caros porque aquela história nunca vai dar certo.

– Mark, esta é Bridget, filha de Colin e Pam – disse Una, enrubescendo, toda agitada." 

O filme para mim é uma das melhores adaptações cinematográficas de um livro.

 A produção consegue transmitir de forma clara e precisa a ideia proposta pelo livro. E a escolha dos atores não poderia ter sido melhor!


Renée Zellweger no papel de Bridget Jones é simplesmente completa! Ela transmite a insegurança e a situações vividas pela personagem com tamanha naturalidade. Para mim, é um dos melhores trabalhos da atriz!

Interpretando Daniel Cleaver tivemos Hugh Grant. Achei a escolha perfeita! O ator tem um olhar "pidão" e sarcástico nos momentos certos. Assim como o personagem que em diversos momentos ironiza Bridget, mas também se desespera ao ver que ela quer deixá-lo.

Mark Darcy é um advogado bem-sucedido, e não entende o porquê de todos os conhecidos desejarem juntá-lo com Bridget que é claramente esquisita. O ator Colin Firth foi o escolhido para o papel.

Pontuação: tanto o livro como o filme são nota mil! Mas como meu limite é cinco essa é a nota tanto para a obra literária como a cinematográfica!!!! E espero não ficar solteira para sempre...rsrs...