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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Quem é você, Alaska? By Jonh Green



(GREEN, Jonh. Quem é você, Alaska?.São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010 )

O primeiro amigo,
A primeira garota,
As últimas palavras.

Miles Halter é um garoto de 16 anos, sem amigos verdadeiros e aficionado por biografias mas sobretudo pelas últimas palavras de célebres personagens da história. Ele decide deixar a  Flórida e se mudar para a Escola interna de Culver Creek no Alabama onde seu pai estudou, em busca do que o poeta François Rabels disse em suas últimas palavras “ Saio em busca de um Grande Talvez”.

“É por isso que estou indo embora. Para não ter que esperar a morte para procurar o Grande Talvez”

E é em busca desse Grande Talvez que embarcamos nessa história com Miles.

Ao chegar na  Culver Creek ele conhece seu colega de quarto Chip Martin, mais conhecido como O Coronel, ganha o apelido de Gordo, apesar de ser bem magrelo, fica amigo de Takumi que gosta de fazer rap e se encanta pela extravagante  Alaska Young. Com seus novos amigos, ele aprende a fumar, a beber e a pregar os mais divertidos e inimagináveis trotes. Mas, o mais importe ele aprende  a importância da Lealdade.


Enquanto Miles coleciona as últimas palavras, Alaska coleciona os livros que pretende ler algum dia. E ainda o apresenta as últimas palavras de Simón Bolivar:
“Ele- ou seja, Simón Bolivar - Estremeceu diante da revelação de que a corrida arrojada entre seus males e  seus sonhos estavam chegando ao fim. O resto era trevas. Droga, ele suspirou. ‘ Como sairei desse labirinto’? ”

É impossível não amar Alaska, inteligente, divertida, ousada, sexy e imprevisível. E ela adora flertar com o Miles. Ele sabe que ela tem namorado, mas isso não o impede de se apaixonar.  

Alaska faz um acordo com Miles, ele descobrirá o que significa o labirinto mencionado por Bolivar e como sair dele e em troca Alaska lhe arrumará uma namorada.

Alaska não é o tipo de pessoa fácil de decifrar ela tem seus momentos impulsivos e divertidos, mas também é consumida por  uma melancolia e solidão que Miles não consegue entender e nem mesmo amar. É esse lado desconhecido  dela que nos faz questionar, quem é você, Alaska?

"Cruzes, não posso ser uma dessas pessoas que ficam sentadas falando que pretendem fazer isso e aquilo. Eu vou  fazer e pronto. Imaginar o futuro é uma espécie de nostalgia."

Miles em busca do Grande Talvez e Alaska tentando descobrir como sair desse labirinto. É um enredo apaixonante.

O livro ao invés  de usar capítulos, utiliza de uma contagem regressiva - iniciando em 136 dias antes -  o que nos faz pensar no que acontecerá quando chegarmos ao dia zero. Prepare-se para chorar, se emocionar e descobrir quem realmente é Alaska.

Ao final do livro você percebe o quanto somos modificados pelas nossas experiências de vida e pessoas que conhecemos, e é isso o que nos torna únicos no mundo. 


Ahhh.... e para quem adora ver os  livros na Telona olha só o  que o Jonh Green falou:



"Estou super animado por anunciar que a brilhante cineasta Sarah Polley irá escrever e dirigir a adaptação do filme Quem é Você, Alasca?"


E agora que eu já sei que vai ter filme, vou fazer o meu dream cast:


Para a louca  da Alaska escolhi a atriz   Sarah Hyland da série Modern Family que tem olhos verdes incríveis...




Para o Miles, escolhi o ator Shane Coffey que participou da 4ª temporada de Pretty Little Liars... 





E a música  escolhida é Leave all the rest do Link in Park:



When my time comes (Quando o meu tempo chegar) 
Forget the wrong that I've done (Esqueça os erros que eu cometi)
Help me leave behind some (Me ajude a deixar para trás algumas)

Reasons to be missed (Razões para ser lembrado)
And don't resent me (Não fique ressentida comigo)

When you're feeling empty (quando você estiver se sentindo vazia)
Keep me in your memory (Me mantenha em sua memória)
Leave out all the rest (Esqueça todo o resto)



Mas eu escolhi uma música exclusiva para a  Alaska : What the Hell da Avril:




E em homenagem a Alaska ao invés de pontuar com xícaras de cafés vou dar a nota em taças de vinhos:



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A Culpa é das Estrelas by Jonh Green


(Green, John. A culpa é das Estrelas.  Rio de janeiro: Editora Intrínseca. 2012, 288 p.)

Se tem algo que eu odeio são livros em que o personagem principal tem uma doença incurável, ou algum tipo de câncer. É por isso que eu sempre evito livros do Nicholas Sparks, tipo um amor para recordar. Afinal do que adianta eu passar o livro inteiro me apaixonando pelos personagens  e esperar por um milagre no fim, sendo que os autores sem coração ainda irão matá-los? Eu não quero uma lição de vida, não me importa se não é possível, eu quero um final feliz! 

E contra todas as minhas convicções comecei a ler A culpa é das Estrelas. Estranhamente, eu gostei (e muito). Vai ver eu estou começando a gostar de sofrer.

Antes da resenha, caro leitor, tem 3 coisas que você precisa saber, antes de decidir se realmente quer ler esse livro:
1) Você está preparado para se apaixonar?
2) Você esta preparado para chorar até suas lagrimas secarem?
3) Você está preparado para ver  a palavra OK com outros olhos?

Hazel descobriu que tinha câncer aos 13 anos, e passou por muita coisa desde então.  Quase morreu, mas por um milagre seu câncer tem respondido bem aos novos medicamentos e por enquanto seu tumor está diminuindo, o que lhe dará mais alguns anos de vida. Mas, agora aos 16 anos, Hazel gosta mesmo é de ficar em casa assistindo Américas Next top model e top chef, além de ficar horas lendo um livro. Falando em livro o seu preferido é Um Aflição Imperial, que para sua frustração é um livro sem final ou continuação, é claro que ela escreveu milhões de cartas ao autor, mas nunca recebeu qualquer  resposta.

Seus pais estão preocupados, não apenas com a doença mais com seus efeitos psicológicos. Eles querem que ela tenha uma vida normal dentro do que é possível, faça amigos, se divirta, namore... e não se entregue a doença e a depressão. Para  isso a obrigam a frequentar um grupo de apoio para jovens com câncer.

Lá ela descobre que um garoto novo aderiu ao grupo. Augustus Waters, ou simplesmente Gus é amigo de Isaac, um jovem com um tipo raro de câncer nos olhos que eventualmente o deixará cego. Gus sofreu com um câncer nos ossos, e após amputar parte da perna está curado. Ele é lindo, e por algum motivo não tira os olhos de Hazel.

 “Na boa, vou logo dizendo: ele era um gato. Se um cara que não é gato encara você sem parar, isso é, na melhor das hipóteses, esquisito, e na pior, algum tipo de assédio. Mas se é um cara gato… na boa…”
(...)
“— Por que você está olhando para mim desse jeito?
Ele deu um sorrisinho.
— Porque você é bonita. Eu gosto de olhar para pessoas bonitas, e faz              algum tempo que resolvi não me negar os prazeres mais simples da existência humana”

Ao fim da reunião, eles se conhecem e uma grande amizade se inicia. Ele recém curado, ela morrendo. Tudo conspira para que não fiquem juntos, eles sabem disso. Mas, ainda sim não podem evitar. Eles trocam livros e descobrem que tem muito em comum. Combinam que se falarão assim que Augustus terminar de ler o livro Uma Aflição Imperdoável.
  
Hazel gosta de Gus e ele dela , essa é a matemática perfeita. Por outro lado, Gus entende o fato dela não querer se relacionar, e mesmo assim ele fará de tudo para realizar os sonhos de Hazel, principalmente quando uma oportunidade única aparecer...

Mas, será que vale a pena começar uma história que Hazel talvez não tenha tempo para viver? Ela tem muitas dúvidas, muitos medos, e principalmente ela quer machucar menos corações possíveis quando partir.

— Estou apaixonado por você — ele disse, baixinho.
— Augustus — falei.
— Eu estou — ele disse, me encarando, e pude ver os cantos dos seus olhos se enrugando. — Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.


É um livro emocionante, e apesar de ser o gênero que eu menos gosto, eu amei, amei, amei... Daqueles tipos de livros que a história fica com a gente por toda a vida! E com um final surpreendente, que quase me deixou desidratada de tanto que eu chorei.

A trilha sonora do livro é Paradise do Coldplay:


Pontuação do livro: 5 Cafés e muitas lágrimas!!!