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domingo, 3 de março de 2013

Muito mais que uma princesa by Laura Lee Guhrke



(GUHRKE, Laura Lee. Muito mais que uma Princesa. Editora Essência)

O livro de autoria Laura Lee Guhrke, publicado pela Editora Essência é genuíno e super romântico, uma história realmente digna de uma princesa, e na capa encontramos a imagem de um detalhe de um corpete de um vestido. O livro escrito em terceira pessoa retrata a história de Lucia Valenti (filha ilegítima do Princípe Cesare de Bolgheri com a famosa cortesã Francesca) uma garota que viveu a vida toda trancada em escolas e conventos, mas que também não perdia a oportunidade de fugir e aproveitar o que a vida tem de melhor, provocando diversos problemas para o pai.

Entretanto, agora, a situação é diferente. Ao levar sua meia irmã, Elena, para conhecer o carnaval de rua escondido de todos no castelo, e provocar mais um escândalo para a família real, o príncipe cansado de ter que acobertar os erros da filha decide que o melhor seria casá-la, e deixar por conta do marido a dura tarefa de controlá-la e ao seu temperamento intempestivo. Para conseguir seu intento ele oferece aos pretendentes um rico dote e também diversas terras, impondo, porém as seguintes condições: que o futuro marido seja católico, rico e nobre.

Para arranjar o casamento Sir Ian Moore um respeitado diplomata é chamado às pressas e tirado de outra missão para que resolvesse rapidamente a situação.

“- É claro que eu quero me casar, mas não tenho nenhuma intenção de deixar que Cesare arranje casamento para mim! Eu pretendo escolher o meu próprio marido, e vou dizer isso a esse diplomatazinho melífluo e seboso, para que ele passe o recado adiante.”

A tarefa que parecia ser simples e rápida, já que Lucia se vê rodeada de pretendentes, mesmo após todos os escândalos, se mostra árdua e resistente, pois nenhum deles parece à altura do espírito e paixão de Lucia, além do fato que ela espera amor e nenhum deles parece desperta-lhe o mais remoto sentimento.

"Ao que parecia, observou Ian, Miss Valenti tinha os pretendentes comendo na sua mão, porque, toda vez que ele procurava por ela com o olhar, meia dúzia deles a seguiam como cachorrinhos pedindo agrado.”


Lucia é uma heroína impetuosa e apaixonada pela vida, tendo herdado o espírito aventureiro da mãe. Não desejando apenas um casamento de conveniência para abafar seus escândalos. Ela procura em um marido amor e cuidado, alguém forte o suficiente para ser respeitado por ela, mas nenhum dos pretendentes se mostra bom o bastante: um tem um queixo fraco, outro uma conversa desinteressante, outro ainda, aparenta ser bonzinho demais.  O único que realmente desperta o interesse na protagonista é justamente Sir Ian o responsável por cuidar de seu casamento, que não se mostra muito inclinado a ideia de se casar, além de não se adequar as imposições do príncipe.

“Ao ver o diplomata britânico de pé ao lado da estante, porém, ela parou abruptamente. Não era melífluo e não tinha nada de pequeno. Lucia era mais alta que muitos homens, mas não que aquele. Os ombros e o peito largos destacavam o caimento impecável do colete listrado e do paletó bege. Calças azul-escuras de talhe exato cobriam seus quadris magros e as longas pernas. A camisa de linho e o lenço de seda no pescoço eram de um branco impecável. Olhando para ele, Lucia teve um ímpeto quase irresistível de desarrumar o seu cabelo escuro perfeitamente penteado e desfazer o nó perfeito da gravata.”

Sir Ian Moore é um diplomata acostumado a resolver questões de envolvimento político para o rei, mas agora a situação é diferente. Ele é chamado às pressas para encontrar um esposo para a filha do Príncipe Cesare de Bolgheri que se mostra obstinada em encontrar defeitos para todos os pretendentes. Apesar da beleza e do encanto que Lucia exerce sobre ele, Ian não pretende ter um relacionamento, e não vê a hora de casá-la para poder voltar para sua rotina normal de conciliações.

"Sem conseguir tirar os olhos daquela boca deliciosa, Ian pensava que nenhum homem que conhecesse aquela moça se
importaria com os requisitos convencionais de beleza. As damas da sociedade iriam falar horrores a seu respeito, mas, para qualquer homem que não fosse cego, Lucia Valenti era o mais puro deleite.
Ian respirou fundo. Dava para entender por que o pai a tinha
trancado num convento."

Música: A música para este livro é What the world need now is love.

"What he world needes now is love, sweet love
It's the only thing that there's just too little of
What the world needs now is love, sweet love
No, not just for some, but for everyone"

Tradução:

"O que o mundo precisa agora é de amor, doce amor
É a única coisa da que tem pouco
O que o mundo precisa agora é de amor, doce amor
Não, não apenas para alguns, mas para todos"



Pontuação: Quatro Cafés....




Química Perfeita by Simone Elkeles




(ELKELES, Simone. Química Perfeita. Editora Underworld)

O que uma líder de torcida como Brittany Ellis, loira e linda, namorada do capitão do principal time de futebol do colégio (Colin), pertencente a uma família de classe alta, o estereótipo perfeito do sucesso e Alex (nome verdadeiro Alejandro) Fuentes um marginal, que mora na periferia e faz parte de uma gangue chamada “Sangue Latino”, teriam em comum?

Somente o projeto de Química.


"Oh, meu Deus! Alex... meu parceiro de Química durante este ano inteiro? 
De jeito nenhum, não há como, isso não está direito!"


Todos no instituto Fairfiel, do subúrbio de Chicago, sabem que South Side e North Side não se misturam. Assim quando Brittany e Alex se veem obrigados a serem parceiros nas aulas de química os resultados prometem ser desconcertantes. Principalmente porque antes da aula de química que os designou como parceiros, os dois já haviam tido um encontro explosivo quando quase se envolveram em um acidente.


 "— Na próxima vez, tente guiar de olhos abertos — diz ele, numa voz fria e controlada. — É bom a gente olhar por onde anda, entende?
Alex Fuentes está tentando me intimidar. É um verdadeiro profissional, nisso. Mas não vou deixar que me vença, nesse joguinho de intimidação. Não vou, mesmo me sentindo assim, petrificada de medo. Dando de ombros, olho para ele com desdém, o mesmo desdém que uso para afastar pessoas indesejáveis, e respondo:
— Agradeço a dica."


Ao longo da história vemos que na verdade nem tudo é realmente o que parece ser. Brittany tem uma irmã que sofreu paralisia cerebral, a Shelley, e é a única que realmente cuida dela e consegue lidar com suas reais necessidades, enquanto seus pais só desejam interná-la. O relacionamento com os pais é precário, a mãe se preocupa somente com a aparência e vive tendo colapsos nervosos, exigindo o máximo de Brittany; enquanto o pai está sempre ocupado com o trabalho, sendo muito ausente da vida familiar; e o namoro com Colin não está em um dos melhores momentos, pois ele está pressionando-a muito para terem logo a primeira vez .


“Todos sabem que sou perfeita. Tenho uma vida perfeita. Roupas perfeitas. Até minha família é sinônimo de perfeição. E embora tudo seja uma completa mentira, me esforcei muito para manter as aparências, para ser “perfeita” em todos os sentidos. Se soubessem da real, minha imagem iria por água abaixo.”


Já Alex não é tão perigoso e sem sentimentos como tenta aparentar, ainda que intimide a todos e participe de uma gangue. Sua amizade com Paco, outro membro da “Sangue Latino” é verdadeira, e apesar dos problemas em casa  ele tenta a todo custo proteger a mãe e os dois irmãos (Luis e Carlos) e lutar para que eles não tenham que fazer parte da gangue; além de tentar descobrir o que motivou o homicídio de seu pai, e quem foi realmente o assassino. Por ficar nervoso com a forma como Brittany o trata, ele acaba apostando com os amigos de como conseguiria conquistá-la em um curto espaço de tempo. E ao tentar fazer isso ele acaba conhecendo mais sobre a garota e percebendo que mais coisas estão em jogo, além de uma simples atração e aposta.

 “— Você pode tirar a roupa e mergulhar, nua. Ficarei montando guarda e não deixarei ninguém entrar. (...)
— Você bem que gostaria disso, não é?
— Ah, claro — respondo, confirmando o óbvio. — Mas espero que você não esteja usando aquelas calcinhas imensas como as da vovó... Se estiver, vai acabar com a minha fantasia.
— Para sua informação, elas são pink... de cetim! E já que estamos trocando informações pessoais, você usa cuecas do tipo short ou sunga?
— Nenhum dos dois. Deixo meu sexo livre, se é que você me entende.
Não é bem assim. Mas Brittany terá de imaginar por si mesma.
— Que coisa mais vulgar, Alex.
— Não despreze, antes de provar.”

Após conhecer e  conviver com Alex, Brittany acaba se confundindo em relação aos seus sentimentos. O relacionamento entre ela e Colin esfriou muito após as férias, e ele não se mostra o rapaz que ela imaginava ser. E Alex parece entendê-la tanto...


"Como se percebesse que me aproximei silenciosamente, Alex se volta. Seus olhos atravessam os meus e, por um instante, eu me sinto como se o mundo tivesse deixado de existir e só restássemos nós dois. (...)
Limpo a garganta.
— Sua vez... — digo, apontando o caixa.
Ele avança, levando na bandeja um pedaço de pizza:
— Vou pagar a conta dela, também — diz, apontando para mim.
A mulher do caixa me olha e pergunta:
— O que você pegou? Uma tigela de minestrone?
— Sim, mas... Alex, não faça isso.
— Não se preocupe. Posso arcar com essa despesa... — ele diz, na defensiva, entregando três dólares à mulher.
Colin sai da fila e para ao meu lado:
— Cai fora! Se você quer cuidar de uma garota, arranje sua própria namorada — ele diz a Alex, tentando enxotá-lo.(...) Eu me sinto péssima por desejar o melhor desses dois mundos que Alex e Colin representam."


A medida que Alex e Brittany  se envolvem os dois mundos acabam se misturando e gerando com isso diversos efeitos colaterais, tanto na família um do outro, como nas amizades e na gangue.



"Se o sistema solar não perdeu o alinhamento, naquele instante, então não vai perder nunca mais. Sei que tudo isso é uma loucura, porque somos tão diferentes. (...)
Mas, de qualquer forma, preciso saber se isso é possível. (...)
— Minha vida em casa não é nada perfeita.
— A minha também não — ele diz. — Nesse ponto, somos iguais."


O livro que é de autoria de Simone Elkeles e foi publicado pela Editora Underworld, encontra-se dividido em capítulos intercalando a visão dos dois personagens principais (em um capítulo temos a visão da Brittany e em outro a de Alex).  Adoro essa técnica, pois assim, conseguimos vislumbrar um pouco do jeito, da ironia, dos pensamentos de cada um, facilitando muito na hora de construir a imagem do personagem.


Capa: Na capa temos a imagem de uma moça e de um rapaz. Ela possui olhos azuis e é loira enquanto o rapaz é moreno de olhos verdes. O nome do livro realmente traduz bem a história, pois além deles se “juntarem” por serem parceiros na aula de Química, ainda descobrem que o envolvimento entre eles é forte, como uma ligação existente entre os componentes químicos das substâncias.

Música: A música em questão para o livro é a Hate That I Love You da Rihanna com a participação do NeYo. A tradução é simplesmente perfeita!



"And I hate how much I love you boy 
I can't stand how much I need you 
And I hate how much I love you boy 
But I just can't let you go
And I hate that I love you so"

"E eu odeio o quanto eu amo você garoto 
Eu não suporto o quanto eu preciso de você 
E eu odeio o quanto eu amo você garoto 
Mas eu simplesmente não posso deixar você ir
E eu odeio amar você tanto assim"




Pontuação: Cinco cafés quentes e fortes como o Sangue Latino....






quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A Culpa é das Estrelas by Jonh Green


(Green, John. A culpa é das Estrelas.  Rio de janeiro: Editora Intrínseca. 2012, 288 p.)

Se tem algo que eu odeio são livros em que o personagem principal tem uma doença incurável, ou algum tipo de câncer. É por isso que eu sempre evito livros do Nicholas Sparks, tipo um amor para recordar. Afinal do que adianta eu passar o livro inteiro me apaixonando pelos personagens  e esperar por um milagre no fim, sendo que os autores sem coração ainda irão matá-los? Eu não quero uma lição de vida, não me importa se não é possível, eu quero um final feliz! 

E contra todas as minhas convicções comecei a ler A culpa é das Estrelas. Estranhamente, eu gostei (e muito). Vai ver eu estou começando a gostar de sofrer.

Antes da resenha, caro leitor, tem 3 coisas que você precisa saber, antes de decidir se realmente quer ler esse livro:
1) Você está preparado para se apaixonar?
2) Você esta preparado para chorar até suas lagrimas secarem?
3) Você está preparado para ver  a palavra OK com outros olhos?

Hazel descobriu que tinha câncer aos 13 anos, e passou por muita coisa desde então.  Quase morreu, mas por um milagre seu câncer tem respondido bem aos novos medicamentos e por enquanto seu tumor está diminuindo, o que lhe dará mais alguns anos de vida. Mas, agora aos 16 anos, Hazel gosta mesmo é de ficar em casa assistindo Américas Next top model e top chef, além de ficar horas lendo um livro. Falando em livro o seu preferido é Um Aflição Imperial, que para sua frustração é um livro sem final ou continuação, é claro que ela escreveu milhões de cartas ao autor, mas nunca recebeu qualquer  resposta.

Seus pais estão preocupados, não apenas com a doença mais com seus efeitos psicológicos. Eles querem que ela tenha uma vida normal dentro do que é possível, faça amigos, se divirta, namore... e não se entregue a doença e a depressão. Para  isso a obrigam a frequentar um grupo de apoio para jovens com câncer.

Lá ela descobre que um garoto novo aderiu ao grupo. Augustus Waters, ou simplesmente Gus é amigo de Isaac, um jovem com um tipo raro de câncer nos olhos que eventualmente o deixará cego. Gus sofreu com um câncer nos ossos, e após amputar parte da perna está curado. Ele é lindo, e por algum motivo não tira os olhos de Hazel.

 “Na boa, vou logo dizendo: ele era um gato. Se um cara que não é gato encara você sem parar, isso é, na melhor das hipóteses, esquisito, e na pior, algum tipo de assédio. Mas se é um cara gato… na boa…”
(...)
“— Por que você está olhando para mim desse jeito?
Ele deu um sorrisinho.
— Porque você é bonita. Eu gosto de olhar para pessoas bonitas, e faz              algum tempo que resolvi não me negar os prazeres mais simples da existência humana”

Ao fim da reunião, eles se conhecem e uma grande amizade se inicia. Ele recém curado, ela morrendo. Tudo conspira para que não fiquem juntos, eles sabem disso. Mas, ainda sim não podem evitar. Eles trocam livros e descobrem que tem muito em comum. Combinam que se falarão assim que Augustus terminar de ler o livro Uma Aflição Imperdoável.
  
Hazel gosta de Gus e ele dela , essa é a matemática perfeita. Por outro lado, Gus entende o fato dela não querer se relacionar, e mesmo assim ele fará de tudo para realizar os sonhos de Hazel, principalmente quando uma oportunidade única aparecer...

Mas, será que vale a pena começar uma história que Hazel talvez não tenha tempo para viver? Ela tem muitas dúvidas, muitos medos, e principalmente ela quer machucar menos corações possíveis quando partir.

— Estou apaixonado por você — ele disse, baixinho.
— Augustus — falei.
— Eu estou — ele disse, me encarando, e pude ver os cantos dos seus olhos se enrugando. — Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.


É um livro emocionante, e apesar de ser o gênero que eu menos gosto, eu amei, amei, amei... Daqueles tipos de livros que a história fica com a gente por toda a vida! E com um final surpreendente, que quase me deixou desidratada de tanto que eu chorei.

A trilha sonora do livro é Paradise do Coldplay:


Pontuação do livro: 5 Cafés e muitas lágrimas!!!

Orgulho e preconceito by Jane Austen

(Austen, Jane. Orgulho e Preconceito. São Paulo. Editora Martin Claret,2010 -Coleção obra Prima de cada Autor. 303p.)

Este é o meu segundo livro favorito no mundo inteiro, e não é por pouco que Jane Austen conseguiu isso. O cenário encantador da Inglaterra no final do século XVIII início do seculo XIX, os vestidos longos, os bailes, os galanteios,  imagine só se apaixonar por um olhar... Tudo é um grande convite a viajar no tempo, e se perder num mundo onde sentimentos mais corriqueiros ganham novas conotações...

Nunca encontrei um livro com palavras mais belas e bem escritas, os diálogos são de uma inteligência sem igual e marcados essencialmente por uma leve ironia. E sobretudo, por ser um livro escrito no  final século XVIII o ar pedante esperado, devo dizer passa bem longe. A narrativa segue o tempo necessário para o desenrolar dos fatos e os personagens são extremamente fascinantes, com características marcantes.

A história se passa em Derbyshire onde a família Bennet vive. A Sra. Bennet é uma  mulher cujo o sonho é ver as 5 filhas bem casadas, e para tal faz uso de artimanhas bem inofensivas, porém faltam-lhe sutileza e educação (e muitas vezes a noção mesmo),  o que faz dela uma mulher não muito inteligente, inconveniente, e que sempre que é contrariada diz que está a sofrer dos nervos. O senhor Bennet por sua vez, é inteligente e esta sempre a zombar das próprias filhas tolas (com exceção de Elizabeth que é a única considerada inteligente por ele), infelizmente sofre por saber que por não ter um filho homem toda sua propriedade passará a um primo distante, deixando suas filhas sem nada.

As senhoritas Bennet são: Mary que desdenha as futilidades da sociedade e se concentra em estudar e praticar piano e canto (um talento que não possui) o que a torna extremamente pedante.  Lídia é extravagante e sem papas na língua está sempre se exibindo e se expondo ao ridículo, muito irritante. Kitty por sua vez se espelha na irmã Lídia e também é muito irritante. Jane a mais bela de todas, gentil, amável, condescendente, educada e Elizabeth inteligente, sagaz, decidida e com opiniões próprias.

Quando Netherfield (uma mansão próxima ) é alugada, todos estão desesperados para saber quem é o jovem bonito, rico e solteiro que irá se mudar. O senhor Charles Bingley  extremamente bondoso, e a primeira vez que vê Jane se encanta por ela. No baile, a preferência de Bingley por Jane fica clara. O mesmo não pode se dizer a respeito de Flitzwilliam Darcy e Elizabeth Bennet que ao  se conhecerem, diferente do outro casal, o que evidencia-se entre eles uma antipatia mútua.

Darcy é arrogante, orgulhoso e imensamente rico, mas, nem todo o dinheiro do mundo é capaz de atrair Lizzy, que o considera a pessoa mais desagradável do mundo.

“---- A quem você se refere?  --- E, voltando-se, olhou por um momento para Elizabeth, até que, cruzando seu olhar com o dela o desviou e disse friamente --- é suportável, mas não bonita o suficiente para me animar ;  não estou com paciência no momento para dar atenção à meninas que foram desdenhadas por outros homens.”

No outro dia após o baile, Jane é convidada pelas irmãs de Bingley para um chá. Infelizmente, e para a tristeza da Sra. Bennet, o Sr. Bingley não estará em casa. Mas é claro que a matriarca da família tem um plano. Prevendo que o tempo está para chuva engenhosamente, ela pede que Jane vá a casa do Senhor Bingley à  cavalo de modo que ao meio do caminho é pega pela tempestade e adquire um  - não muito grave - resfriado o que obriga seus anfitriões a abriga-la em sua convalescia.   Charles Bingley é claro fica eufórico com a presença da moça (não mais que a mãe dela) o que impulsiona ainda mais a sua paixão.

Quando Lizzy, preocupada com a sua irmã visita os Bingley  percebe que a cortesia das irmãs de Charles (Caroline Bingley e Louisa Hurst) para com  Jane não se estende às demais da família Bennet.

Além disso novos personagens vão aderindo a nossa história. Sr. Collins, o primo distante que herdará toda a propriedade chega ao povoado, buscando escolher entre uma de suas primas uma futura esposa. Ocorre que, além de desprover de beleza ou riqueza (o que atrai as meninas da epoca, e não mudou muito) , é extremamente prolixo e maçante.

Outro personagem interessante é o oficial Wickham que revela ter um passado muito significante envolvendo o  Sr. Darcy. Alguns segredos são revelados, mas nem tudo é o que parece.

Enquanto a Sra. Bennet já se vangloria das vantagens de um futuro casamento, o Senhor Darcy, rico aristocrata  melhor amigo e conselheiro de Bingley  não vê com bom olhos tal união, de modo que todos acabam partindo para Londres.

Jane fica triste com a súbita partida de Charles,  e decide passar uns dias com seus tios em Londres (Clara intenção de de vê-lo novamente) enquanto Elizabeth acaba reencontrado Darcy e descobrindo mais sobre o caráter dele que alimenta e justifica o seu ódio. Por outro lado, Darcy tem que lidar com sentimento conflitantes no que concerne à Lizzy.


"  Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos, e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."


É definitivamente um livro sem defeitos. Uma história de amor eterna. Um clássico que cativa todas as gerações.

Séries e adaptações cinematográficas 

Série da BBC -1995 
  Assisti todas as séries, filmes e versões feitas de orgulho e preconceito, e sem dúvida a série britânica da BBC de 1995 é a minha preferida (acho que é porque tem seis capítulos, de modo que a história é contada sem pressa). Embora devo dizer, que não gosto da atriz que faz a Jane (Susannah Harker), achei que em termos de beleza a atriz que desempenhou o papel da Lizzy (Jennifer Ehle) era mais bonita. Agora o ator  que fez o Senhor Darcy  (Colin Firth) simplesmente teve uma atuação brilhante (sempre revejo a cena do lago) incorporou muito bem o ar taciturno e aristocrático.






Filme - 2005

Enfim, a versão mais recente data de 2005, contracenada por Matthew Macfadyen e Keira Knightley . Muito bem feita, atuações ótimas, cenário incrível. A visão de Pemberly (casa do Darcy) é de tirar o fôlego.





Série Lost in Austen - BBC 2010

Agora para quem gosta de adaptações mais diferentes, vocês irão amar a série Lost in Austen.  Conta a história de Amanda Prince, inglesa que vive no século XXI apaixonada pelo livro Orgulho e Preconceito. Seu sonho é viver naquela época  e se apaixonar pelo Senhor Darcy... Acontece que seu sonho não está tão longe assim de se tornar real. Quando Elizabeth Bennet aparece em seu banheiro, as duas descobrem uma passagem entre as duas épocas. E as duas trocam de lugar! Agora Amanda está no seculo XIX vivendo a vida que sempre sonhou, mas nem tudo vai ser sonho a sua presença ali mudará o rumo de todas as histórias, e ela fará de tudo para que tudo saia igual ao livro!



Indico o livro para qualquer pessoa apaixonada por palavras.


Pontuação: 1 milhão de xícaras de cafés! (uma pena só posso colocar 5)


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Amor impossível, possível amor by Pedro Bandeira




De autoria de Pedro Bandeira e Carlos Queiroz Telles e publicado pela Editora FTD, o livro conta uma história que para muitos é considerado um amor impossível.

Em uma das capas, temos uma imagem pequena de um casal dançando com o crepúsculo ao fundo.

A narrativa se inicia com Fernanda, uma garota de 14 anos, desolada ao ver a família de sua melhor amiga Clarissa e seu secreto amor Daniel se mudando da casa em frente sua, devido a uma ordem de despejo.

Com isso os dias da protagonista perdem a cor, e ela só pensa e sonha com o que poderia ter vivido com seu "quase namorado" até que descobre que ele já havia ficado com Graziela, uma menina da vila, por quem todos os garotos são apaixonados, e sua tristeza aumenta ainda mais. Enquanto isso a casa da frente vai sendo reformada para que a proprietária e nova moradora, Dona Teresinha, se mude para lá com seu filho Bruno, que tem 28 anos.

Perdida em suas ilusões, Fernanda acaba com notas baixas na escola, e com o intuito de ajudar, Dona Teresinha, que acaba ficando íntima da mãe da menina,  conversa com seu filho que acaba concordando em dar aulas particulares para garota vizinha em suas horas vagas.

Durante as aulas a protagonista vai conhecendo um mundo novo, através da Literatura apresentada por Bruno, que já faz Mestrado, e por ele acaba se apaixonando.

Será que este amor impossível, um dia poderá se transformar em um possível amor? Mesmo com a diferença de idade de 14 anos?

Para mim Pedro Bandeira é um autor de linguagem infanto-juvenil completo, ele consegue retratar os problemas e dúvidas de um adolescente como ninguém. Além de despertar o anseio/desejo pela leitura, uma coisa que em meio a tanta informação e formas diferentes de distração, vem sendo deixado de lado pelos jovens. Somente através da leitura eles serão adultos completos, e o autor consegue com simplicidade despertar isso, como eu muitas vezes já pude constatar.

A música escolhida para este livro foi Só sei dançar com você, versão cantada por Tulipa Ruiz.

Que retrata a insegurança de uma pessoa no início de uma dança e como aos poucos ela, ainda que meio sem jeito, confia no parceiro para que ele a conduza.



O livro apresenta uma situação que ainda é vista como tabu na sociedade, uma garota apaixonada por um homem mais velho. Muitos acham que este tipo de situação já é mais aceita, porém encontram-se enganados.

Ainda existe muito preconceito contra o amor.

Mesmo rodeados de tanta tecnologia ainda estamos atrofiados quando se trata de convivência, e o sentimento que deveria ser festejado acaba se transformando em forma de humilhação e vergonha, pois já que as pessoas não podem se manifestar acabam se escondendo atrás de máscaras sociais.

O que Pedro Bandeira acabou me fazendo refletir é que independente da idade, sexo ou classe social todos podemos amar de forma livre e intensa.


"- E você a amava?
O rapaz suspirou, olhando para o infinito (...).
- Se eu a amava? Acho que sim... muito... ou pouco, pois já acabou. Como dizia o grande dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues, ‘ou o amor é eterno ou não era amor’.”

O amor sempre esteve presente em grandes obras literárias e musicais, bem como a dor e o desespero que acomete àqueles que não podem tê-lo, que é o caso da grande história de Romeu e Julieta. Aproveito para deixar aqui um poeminha meu...rsrsrs... que retrata o tema:

Solução

O que você faria se eu dissesse que te amo?
E tenho certeza que isso é mais que um engano?
Que as noites são longas sem o seu abraço?
Que a cada dia que passa estou mais longe dos seus passos?

Como será a vida sem a definição Você?
E se na minha porta esse amor nunca bater?
E se o sonho um dia morrer?



Como ter respostas para minha obrigação?

Como ver você e não perder o chão?
Ah! Meu Deus! Como eu queria...
Esquecer essa paixão...

Pontuação: Cinco cafés intensos, como o amor de uma adolescente...