quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A Culpa é das Estrelas by Jonh Green


(Green, John. A culpa é das Estrelas.  Rio de janeiro: Editora Intrínseca. 2012, 288 p.)

Se tem algo que eu odeio são livros em que o personagem principal tem uma doença incurável, ou algum tipo de câncer. É por isso que eu sempre evito livros do Nicholas Sparks, tipo um amor para recordar. Afinal do que adianta eu passar o livro inteiro me apaixonando pelos personagens  e esperar por um milagre no fim, sendo que os autores sem coração ainda irão matá-los? Eu não quero uma lição de vida, não me importa se não é possível, eu quero um final feliz! 

E contra todas as minhas convicções comecei a ler A culpa é das Estrelas. Estranhamente, eu gostei (e muito). Vai ver eu estou começando a gostar de sofrer.

Antes da resenha, caro leitor, tem 3 coisas que você precisa saber, antes de decidir se realmente quer ler esse livro:
1) Você está preparado para se apaixonar?
2) Você esta preparado para chorar até suas lagrimas secarem?
3) Você está preparado para ver  a palavra OK com outros olhos?

Hazel descobriu que tinha câncer aos 13 anos, e passou por muita coisa desde então.  Quase morreu, mas por um milagre seu câncer tem respondido bem aos novos medicamentos e por enquanto seu tumor está diminuindo, o que lhe dará mais alguns anos de vida. Mas, agora aos 16 anos, Hazel gosta mesmo é de ficar em casa assistindo Américas Next top model e top chef, além de ficar horas lendo um livro. Falando em livro o seu preferido é Um Aflição Imperial, que para sua frustração é um livro sem final ou continuação, é claro que ela escreveu milhões de cartas ao autor, mas nunca recebeu qualquer  resposta.

Seus pais estão preocupados, não apenas com a doença mais com seus efeitos psicológicos. Eles querem que ela tenha uma vida normal dentro do que é possível, faça amigos, se divirta, namore... e não se entregue a doença e a depressão. Para  isso a obrigam a frequentar um grupo de apoio para jovens com câncer.

Lá ela descobre que um garoto novo aderiu ao grupo. Augustus Waters, ou simplesmente Gus é amigo de Isaac, um jovem com um tipo raro de câncer nos olhos que eventualmente o deixará cego. Gus sofreu com um câncer nos ossos, e após amputar parte da perna está curado. Ele é lindo, e por algum motivo não tira os olhos de Hazel.

 “Na boa, vou logo dizendo: ele era um gato. Se um cara que não é gato encara você sem parar, isso é, na melhor das hipóteses, esquisito, e na pior, algum tipo de assédio. Mas se é um cara gato… na boa…”
(...)
“— Por que você está olhando para mim desse jeito?
Ele deu um sorrisinho.
— Porque você é bonita. Eu gosto de olhar para pessoas bonitas, e faz              algum tempo que resolvi não me negar os prazeres mais simples da existência humana”

Ao fim da reunião, eles se conhecem e uma grande amizade se inicia. Ele recém curado, ela morrendo. Tudo conspira para que não fiquem juntos, eles sabem disso. Mas, ainda sim não podem evitar. Eles trocam livros e descobrem que tem muito em comum. Combinam que se falarão assim que Augustus terminar de ler o livro Uma Aflição Imperdoável.
  
Hazel gosta de Gus e ele dela , essa é a matemática perfeita. Por outro lado, Gus entende o fato dela não querer se relacionar, e mesmo assim ele fará de tudo para realizar os sonhos de Hazel, principalmente quando uma oportunidade única aparecer...

Mas, será que vale a pena começar uma história que Hazel talvez não tenha tempo para viver? Ela tem muitas dúvidas, muitos medos, e principalmente ela quer machucar menos corações possíveis quando partir.

— Estou apaixonado por você — ele disse, baixinho.
— Augustus — falei.
— Eu estou — ele disse, me encarando, e pude ver os cantos dos seus olhos se enrugando. — Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.


É um livro emocionante, e apesar de ser o gênero que eu menos gosto, eu amei, amei, amei... Daqueles tipos de livros que a história fica com a gente por toda a vida! E com um final surpreendente, que quase me deixou desidratada de tanto que eu chorei.

A trilha sonora do livro é Paradise do Coldplay:


Pontuação do livro: 5 Cafés e muitas lágrimas!!!

Orgulho e preconceito by Jane Austen

(Austen, Jane. Orgulho e Preconceito. São Paulo. Editora Martin Claret,2010 -Coleção obra Prima de cada Autor. 303p.)

Este é o meu segundo livro favorito no mundo inteiro, e não é por pouco que Jane Austen conseguiu isso. O cenário encantador da Inglaterra no final do século XVIII início do seculo XIX, os vestidos longos, os bailes, os galanteios,  imagine só se apaixonar por um olhar... Tudo é um grande convite a viajar no tempo, e se perder num mundo onde sentimentos mais corriqueiros ganham novas conotações...

Nunca encontrei um livro com palavras mais belas e bem escritas, os diálogos são de uma inteligência sem igual e marcados essencialmente por uma leve ironia. E sobretudo, por ser um livro escrito no  final século XVIII o ar pedante esperado, devo dizer passa bem longe. A narrativa segue o tempo necessário para o desenrolar dos fatos e os personagens são extremamente fascinantes, com características marcantes.

A história se passa em Derbyshire onde a família Bennet vive. A Sra. Bennet é uma  mulher cujo o sonho é ver as 5 filhas bem casadas, e para tal faz uso de artimanhas bem inofensivas, porém faltam-lhe sutileza e educação (e muitas vezes a noção mesmo),  o que faz dela uma mulher não muito inteligente, inconveniente, e que sempre que é contrariada diz que está a sofrer dos nervos. O senhor Bennet por sua vez, é inteligente e esta sempre a zombar das próprias filhas tolas (com exceção de Elizabeth que é a única considerada inteligente por ele), infelizmente sofre por saber que por não ter um filho homem toda sua propriedade passará a um primo distante, deixando suas filhas sem nada.

As senhoritas Bennet são: Mary que desdenha as futilidades da sociedade e se concentra em estudar e praticar piano e canto (um talento que não possui) o que a torna extremamente pedante.  Lídia é extravagante e sem papas na língua está sempre se exibindo e se expondo ao ridículo, muito irritante. Kitty por sua vez se espelha na irmã Lídia e também é muito irritante. Jane a mais bela de todas, gentil, amável, condescendente, educada e Elizabeth inteligente, sagaz, decidida e com opiniões próprias.

Quando Netherfield (uma mansão próxima ) é alugada, todos estão desesperados para saber quem é o jovem bonito, rico e solteiro que irá se mudar. O senhor Charles Bingley  extremamente bondoso, e a primeira vez que vê Jane se encanta por ela. No baile, a preferência de Bingley por Jane fica clara. O mesmo não pode se dizer a respeito de Flitzwilliam Darcy e Elizabeth Bennet que ao  se conhecerem, diferente do outro casal, o que evidencia-se entre eles uma antipatia mútua.

Darcy é arrogante, orgulhoso e imensamente rico, mas, nem todo o dinheiro do mundo é capaz de atrair Lizzy, que o considera a pessoa mais desagradável do mundo.

“---- A quem você se refere?  --- E, voltando-se, olhou por um momento para Elizabeth, até que, cruzando seu olhar com o dela o desviou e disse friamente --- é suportável, mas não bonita o suficiente para me animar ;  não estou com paciência no momento para dar atenção à meninas que foram desdenhadas por outros homens.”

No outro dia após o baile, Jane é convidada pelas irmãs de Bingley para um chá. Infelizmente, e para a tristeza da Sra. Bennet, o Sr. Bingley não estará em casa. Mas é claro que a matriarca da família tem um plano. Prevendo que o tempo está para chuva engenhosamente, ela pede que Jane vá a casa do Senhor Bingley à  cavalo de modo que ao meio do caminho é pega pela tempestade e adquire um  - não muito grave - resfriado o que obriga seus anfitriões a abriga-la em sua convalescia.   Charles Bingley é claro fica eufórico com a presença da moça (não mais que a mãe dela) o que impulsiona ainda mais a sua paixão.

Quando Lizzy, preocupada com a sua irmã visita os Bingley  percebe que a cortesia das irmãs de Charles (Caroline Bingley e Louisa Hurst) para com  Jane não se estende às demais da família Bennet.

Além disso novos personagens vão aderindo a nossa história. Sr. Collins, o primo distante que herdará toda a propriedade chega ao povoado, buscando escolher entre uma de suas primas uma futura esposa. Ocorre que, além de desprover de beleza ou riqueza (o que atrai as meninas da epoca, e não mudou muito) , é extremamente prolixo e maçante.

Outro personagem interessante é o oficial Wickham que revela ter um passado muito significante envolvendo o  Sr. Darcy. Alguns segredos são revelados, mas nem tudo é o que parece.

Enquanto a Sra. Bennet já se vangloria das vantagens de um futuro casamento, o Senhor Darcy, rico aristocrata  melhor amigo e conselheiro de Bingley  não vê com bom olhos tal união, de modo que todos acabam partindo para Londres.

Jane fica triste com a súbita partida de Charles,  e decide passar uns dias com seus tios em Londres (Clara intenção de de vê-lo novamente) enquanto Elizabeth acaba reencontrado Darcy e descobrindo mais sobre o caráter dele que alimenta e justifica o seu ódio. Por outro lado, Darcy tem que lidar com sentimento conflitantes no que concerne à Lizzy.


"  Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos, e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."


É definitivamente um livro sem defeitos. Uma história de amor eterna. Um clássico que cativa todas as gerações.

Séries e adaptações cinematográficas 

Série da BBC -1995 
  Assisti todas as séries, filmes e versões feitas de orgulho e preconceito, e sem dúvida a série britânica da BBC de 1995 é a minha preferida (acho que é porque tem seis capítulos, de modo que a história é contada sem pressa). Embora devo dizer, que não gosto da atriz que faz a Jane (Susannah Harker), achei que em termos de beleza a atriz que desempenhou o papel da Lizzy (Jennifer Ehle) era mais bonita. Agora o ator  que fez o Senhor Darcy  (Colin Firth) simplesmente teve uma atuação brilhante (sempre revejo a cena do lago) incorporou muito bem o ar taciturno e aristocrático.






Filme - 2005

Enfim, a versão mais recente data de 2005, contracenada por Matthew Macfadyen e Keira Knightley . Muito bem feita, atuações ótimas, cenário incrível. A visão de Pemberly (casa do Darcy) é de tirar o fôlego.





Série Lost in Austen - BBC 2010

Agora para quem gosta de adaptações mais diferentes, vocês irão amar a série Lost in Austen.  Conta a história de Amanda Prince, inglesa que vive no século XXI apaixonada pelo livro Orgulho e Preconceito. Seu sonho é viver naquela época  e se apaixonar pelo Senhor Darcy... Acontece que seu sonho não está tão longe assim de se tornar real. Quando Elizabeth Bennet aparece em seu banheiro, as duas descobrem uma passagem entre as duas épocas. E as duas trocam de lugar! Agora Amanda está no seculo XIX vivendo a vida que sempre sonhou, mas nem tudo vai ser sonho a sua presença ali mudará o rumo de todas as histórias, e ela fará de tudo para que tudo saia igual ao livro!



Indico o livro para qualquer pessoa apaixonada por palavras.


Pontuação: 1 milhão de xícaras de cafés! (uma pena só posso colocar 5)


Fiquei com seu número by Sophie Kinsella

(KINSELLA, Sophie. Fiquei com o seu número. Rio de Janeiro: Editora Record, 2012. 462p.)

Quer uma leitura leve e descontraída? Se divertir e dar muitas risadas? A Sophie Kinsella é a autora mais indicada (desculpa rimei)! Famosa pelo Best Seller Os delírios de consumo de Becky bloom, os livros da autora são sempre uma ótima escolha e não me decepcionei com fiquei com seu número!

Poppy Watty se considera uma garota sortuda, afinal está noiva de  Magnus Tavish acadêmico, super inteligente além de bonito, apesar de ser uma simples fisioterapeuta. O problema é que a sorte parece ter acabado,  na festinha de despedida realizada em um hotel, poppy perdeu seu anel de noivado! Uma joia valiosíssima de esmeralda que esta na família Tavish há três gerações! Como se os sogros ja não a detestasseem o suficiente e a  considerassem intelectualmente inferior ao filho deles ela ainda faz o favor de perder a joia da família.


"Eu o perdi. A única coisa no mundo que eu não poderia perder. Meu anel de noivado. (...) Eu tenho o maior cuidado com ele todo santo dia há três meses, coloco-o religiosamente num prato de porcelana à noite, tateio para garantir que ele está no meu dedo a cada trinta segundos... E agora, no dia em que os pais dele vêm dos Estados Unidos, eu o perdi. Logo hoje."

Para piorar o celular de Poppy é roubado, mas a maré de azar parece estar acabando já que Poppy acha um celular novinho na lixeira afinal achado não é roubado, certo? Ela não perde tempo passa o novo número para todos no hotel, seus amigos, colegas... o problema é que o celular é da assistente de um executivo, que recebe mensagens muito estranhas (na primeira poppy atende o telefone e finge ser a caixa postal )!!!

O Problema é que o tal executivo está desesperado pelo celular já que a assistente abandonou o trabalho e ele precisa ter acesso aos e-mails e mensagens que chegavam no celular dela.  Poppy não tem nenhuma intenção de devolver o celular então acaba entrando em um acordo com  Sam Roxton, nosso executivo bonitão.... se compromete a encaminhar todas as mensagens e ajudar no que for preciso! O problema é que como toda mulher  curiosa Poppy  acaba lendo algumas, na verdade TODAS as mensagens e se intromente demais na vida do empresário!

Apesar de toda confusão, muitas mensagens, e uma cumplicidade sem igual nasce entre eles e juntos vão passar por muitos momentos juntos, mas principalmente vão descobrir muito mais sobre si mesmos.

O livro é Ó-T-I-M-O, com diálogos muito engraçados entre Poppy e Sam, olha só esse trechinho que eu separei....



--- Já marcou o dentista? Vai ficar banguela!!! (...)
--- Vou correr o risco.
(...) Procuro na web a foto mais nojenta e asquerosa de dentes podres que existe. Estão todos pretos e alguns caíram.
Aperto o botão de enviar como mensagem multimídia.
O celular quase imediatamente toca com a resposta:
--- Você me fez cuspir a bebida.

Outra coisa diferente é que apesar do livro ser narrado em primeira pessoa (Poppy) ele é repleto de notas de rodapé (e são muitas !!! 123 no total) ela sempre tenta explicar uma frase, uma informação... eu gostei, só que eu sempre esquecia de olhar a nota na hora certa (porque eu estava vidrada nos diálogos) então eu lia  tudo no final da página.


Gente o livro é muito bom! Não, excelente, perfeito, fofo... me faltam adjetivos! E para melhorar o livro traz é claro alguns pequenos mistérios (não é nada a lá Agatha Christie)... Quem fica deixando mensagens estranhas no celular? O que elas significam? Eu amei, amei, amei tudo!!!



OS PERSONAGENS

Poppy Waytt -> Ela é ótima, digna das melhores frases do livros, um pouco insegura, muito curiosa e se mete em cada roubada! Tem um momento hilário em que ela para segurar um cliente japonês informa que ele recebeu um telefonema cantado, ai ela começa a cantar no ritmo de Beyoncé.


Sam Roxton -> Executivo bonitão, muito direto, uma das grandes discussões dele com a Poppy é porque ela enche as mensagens de beijinhos, abraços e carinhas felizes.


Magnus Tavish ->  Todos acham que ele é o cara perfeito (principalmente a Poppy) mas, nem tudo é o que parece.

Annalise -> Amiga de trabalho de Poppy. Acha que se não tivesse trocado  o horário com ela, teria conhecido Magnus, e seria ela quem estaria noiva agora. 

Ruby -> Amiga e chefe de Poppy, pessoa super bacana!

Musica para o livro: Torn - Natalie Umbruglia





Enfim pessoal, não tinha como não dar 5 cafés!
 


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Feios by Scott Westerfeld



(WESTERFELD, Scott. Feios. 2 ed. Rio de Janeiro: Galera Record, 2010. 416p.)

Em um futuro distópico, após uma catástrofe mundial ter destruído grande parte do planeta, a sociedade percebeu que o ser humano não deve brincar com a natureza. Por isso, as grandes cidades futurísticas estão isoladas do meio ambiente. E é numa dessas cidades, chamada Nova Perfeição  que  a nossa história começa.

No passado as pessoas eram invejosas, vaidosas e faziam de tudo para se destacar, até  que chegamos ao limite de confundir beleza com sucesso. Nessa nova sociedade como uma cirurgia plástica criada pelo governo, todos podem ser belos, perfeitos e saudáveis  (Quem nunca sonhou???), e esse presente é dado a todos assim que completam dezesseis anos Nada mais de espinhas, problemas com cabelo... todas as suas feições são corrigidas, mas, será que é só isso?

Tally Youngwood  ainda tem  15 anos, ela não vê a hora de se tornar uma perfeita, mas por enquanto ela tem que se contentar em ficar na Vila dos feios (onde aqueles que ainda não se tornaram perfeitos vivem).  Os dias parecem não passar e depois que o seu melhor amigo Peris se tornou perfeito tudo parece muito sem graça! Mas Tally decide driblar a segurança que separam os feios dos perfeitos e ir a Nova perfeição fazer uma visitinha...

"– O que está fazendo aqui, Tally?
– Eu só... – gaguejou ela. Agora que estava cara a cara com ele, não sabia o que dizer. As conversas imaginadas desapareceram dentro daqueles olhos enormes e doces. – Eu precisava saber se ainda éramos..."

Peris está diferente, mas em três meses Tally será como ele e isso não vai mais importar. Mas ao voltar da sua pequena fugida para Nova perfeição Tally conhece Shay outra feia, e agora os meses sem Peris serão mais divertidos.

Tally gosta de aventurar com Shay e andar de prancha voadora fora dos limites, visitar as ruínas dos enferrujados (antigas cidade) mas diferente dela, Shay não tem pretensão de ser uma Perfeita, muito pelo contrário ela quer se juntar a um grupo denominado enfumaçados e quer que Tally vá junto!
obs.:Os enfumaçados são um grupo de pessoas que fogem da obrigatoriedade da cirurgia que te torna perfeita, eles vivem escondidos nas florestas fora da vista do governo.

Shay foge e Tally fica para ser transformada em perfeita, mas finalmente quando o grande dia chega  ela é procurada por uma agente do governo, Dra. Cable e chantageada a localizar os enfumaçados  senão terá que ser uma feia para sempre.  E é em busca da perfeição que Tally parte em uma grande aventura para encontra-los.

Ao chegar ao local Tally reencontra sua amiga Shay e conhece David, e descobre um novo estilo de vida privado da modernidade e aprende que há muito mais na vida do que beleza. Tally começa a gostar desse novo jeito de viver e principalmente de David o que não deixa Shay nem um pouco feliz.  E agora, será que ela terá  coragem de trair seus amigos em troca da perfeição? Ou será que ela vai ficar com David, mesmo magoando Shay?

"– David, ela gosta muito de você.
 – E eu gosto muito dela. Mas ela não é... 
– Não é o quê?
– Não é determinada. Não é você."


Eu gostei muito do livro, principalmente da crítica feita à sociedade, mas eu acho que autor deixou alguma coisa a desejar, eu queria saber mais sobre a história dos enferrujados e o que realmente aconteceu que destruiu  toda a sociedade e fez nascer essa nova. Mas, devo dizer o final é daqueles que te deixa super ansioso pela continuação.

Os direitos autorais para o filme já foram vendidos para
a 20th Century Fox e o produtor John Davis (Eragon) em 2006, então vamos cruzar os dedos e tocer para sair logo.... 


Música para o filme.... Eu ouvi essa música e logo pensei...  é a musica perfeita para quando eles andam de prancha voadora...




Agora  a música escolhida especialmente para a Tally e David é Beautiful da Cristina Aguilera, por que fala "Eu sou bonita não importa o que os outro dizem..." e acho que essa é a ideia do livro,  criticar uma beleza superestimada.



Pontuação do Livro: Nesse eu fiquei na dúvida, mas vou dar 5 pela criatividade!


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Lola e o Garoto da Casa ao Lado by Stephanie Perkins



(PERKINS, Stephanie. Lola e o garoto da casa ao lado. São Paulo: Editora Novo Conceito, 2012. 288p)

Capa: Simplesmente perfeita e retrata os personagens até o último detalhe. Na capa temos uma garota com uma peruca preta com mechas roxas, encostada em um garoto que usa pulseiras coloridas no braço direito e tem uma estrela desenhada na mão esquerda. Ao fundo diversas casas Vitorianas com pouco espaço entre elas, o livro faz menção de todas essas minúcias:


“Uma pulseira de relógio de couro preto, grossa, em um dos pulsos, e no outro uma porção de braceletes envelhecidos de várias cores e pulseiras de borracha. Cricket Bell parece bem. Ele parece ainda MELHOR.”

“Cricket ergue um pouco a mão. Esta noite, há uma estrela desenhada no dorso. Fico me perguntando o que ela significa”.



O segundo romance lançado por Stephanie Perkins, e publicado no Brasil pela Editora Novo Conceito, é vibrante!

O livro é narrado em primeira pessoa de acordo com a visão de Lola, uma garota que ama roupas e se veste de uma forma diferenciada, com trajes coloridos e perucas de acordo com seu humor diário e que namora Max, um roqueiro 5 anos mais velho, o que gera um conflito entre ela seus pais e sua melhor amiga Lindsey. Mora em São Francisco em uma casa de estilo Vitoriano, com seu tio e o companheiro dele, Nathan e Andy, respectivamente. Posteriormente somos apresentados a mãe biológica, Norah.

“Hoje, sou um morango. Um vestido vermelho fofo dos anos 1950, um longo colar de contas pretas minúsculas e uma peruca verde-escura, ao estilo sóbrio de Louise Brooks.”

Lola (Dolores na verdade, ou Lolita para seu namorado) teve problemas com seus antigos vizinhos os gêmeos Bell – Calliope uma fantástica atleta de patinação no gelo, e Cricket um inventor que a vive a sombra de sua irmã - e a volta deles gera uma enorme confusão no coração e na cabeça da personagem principal, além de trazer a verdade sobre o desentendimento entre eles e sentimentos adormecidos à tona.

“Tenho três desejos bem simples. Sem dúvida, pedir por eles não é demais. O primeiro é participar do baile de inverno vestida de Maria Antonieta. (...) O segundo é que meus pais aprovem meu namorado. (...) E meu terceiro desejo? Nunca, jamais, em hipótese alguma, voltar a ver os gêmeos Bell. Nunca mais.”

Neste livro temos um vislumbre de como é o relacionamento de St. Clair e Anna personagens do primeiro romance da autora, Anna e o Beijo Francês. Pois Anna trabalha junto com Lola em um cinema, e St. Clair mora perto de Cricket em um dormitório na Faculdade. Não é bem uma continuação do primeiro livro e mais um flash da vida dos personagens. Caso alguém leia este livro antes do Anna e o Beijo Francês, entenderá a história tranquilamente.


Música: 
A música escolhida para esse livro foi  You Belong With Me da talentosa Taylor Swift. 




Pontuação: Quatro cafés....