(CABOT, Meg. A Mediadora - O Arcano Nove. Editora Galera Record)
"Ninguém me contou sobre o sumagre venenoso. Ah, contaram sobre as palmeiras. É, contaram muita coisa sobre as palmeiras, certo. Mas ninguém disse uma palavra sobre a história do sumagre venenoso."
"- Suzannah - disse ele agora, muito sério. - Nós somos mediadores. Não somos... bem... exterminadores. Nosso dever é intervir a favor dos espíritos e guiá-los para seu destino definitivo. Fazemos isso através de orientação gentil e aconselhamento, e não desferindo um murro no rosto ou fazendo exorcismos."
O conflito do livro começa quando uma mulher aparece para Suze pedindo que ela fale para um tal de Red que ele não a havia matado. Ela simplesmente não dá muita bola ao escândalo, mas Jesse (o lindo e charmoso fantasma que mora em seu quarto) pega no pé da protagonista para que ela faça o trabalho de dar o aviso de forma cuidadosa e completa.
"Então a mulher começou a berrar, praticamente no meu ouvido.
E eu pergunto a você: Por que eu?
Claro que me sentei imediatamente, totalmente acordada. Uma mulher morta aparecer berrando no quarto faz isso com a gente. Quero dizer: acordar na hora.
Fiquei ali sentada piscando, porque meu quarto estava escuro de verdade - bem, era de noite. Você sabe, de noite, quando as pessoas normais dormem.
Mas não nós, os mediadores. Ah, não.
(...)
Diga a ele... - Ela enxugou o rosto com as mãos. – Diga que não foi culpa dele. Ele não me matou.
Essa era nova. Levantei as sobrancelhas.
(...)
- Você diz? - perguntou ela, ansiosa. - Promete?
- Claro. Eu digo. Mas para quem?
Ela me olhou de um jeito engraçado.
- Red, claro.
Red? Ela estava brincando?"
E a tarefa de encontrar Red que antes parecia tão difícil já que ela não possuía mais nenhuma informação, se mostra mais simples quando por meio de CeeCee (sua nova amiga) ela descobre que o homem que procura pode ser Red Beaumont, pai de Tad, um rapaz que ela conheceu em uma festa na casa de uma menina da escola. Após algumas tentativas frustradas, a protagonista consegue transmitir o recado ao poderoso e ocupado Sr. Beaumont, que começa a persigui-la interessado no dom paranormal que ela possui, e como se isso não fosse o bastante ela ainda desconfia que ele seja um vampiro!
Seguindo a linha do primeiro, o livro é narrado em primeira pessoa de acordo com a visão da Suze. Neste volume somos apresentados ao pai de Suze, realmente gosto do jeito despojado e direto dele, além de ser muito cuidadoso com a filha.
"Quase morri de susto. - Meu Deus, papai. - Fechei a porta da geladeira com força. - Eu já disse para não fazer isso.
Meu pai - ou o fantasma do meu pai, devo dizer - estava encostado na bancada da cozinha, com os braços cruzados no peito. Parecia presunçoso. Ele sempre parece presunçoso quando consegue se materializar pelas minhas costas e me matar de susto.
Meu pai - ou o fantasma do meu pai, devo dizer - estava encostado na bancada da cozinha, com os braços cruzados no peito. Parecia presunçoso. Ele sempre parece presunçoso quando consegue se materializar pelas minhas costas e me matar de susto.
- Então - disse ele, tão casualmente como se estivéssemos falando de sanduíches numa lanchonete. - Como vão as coisas, moça?"
Há ainda o fantasma de Timothy, um garoto de nove anos que estudava na academia e morreu de leucemia. Ele aparece pedindo para que Suze cuide de seu gato, Spike, pois após a morte da criança, os pais resolveram abandoná-lo. Ao levá-lo para casa a personagem passa por alguns problemas o primeiro é que Dunga (na verdade Brad, filho do padrasto da garota) tem alergia a gatos e o segundo o gato simplesmente não gosta dela, mas parece amar Jesse, o que era realmente estranho, já que os animais odeiam fantasmas.
"Vi Jesse sentado ao lado de Spike. Para minha absoluta perplexidade o gato estava deixando que ele o acariciasse.
Aquele gato estúpido que tinha tentado me morder a cada vez que eu chegava perto estava deixando um fantasma - seu inimigo natural - acariciá-lo.
E mais, Spike parecia gostar. Estava ronronando tão alto que eu podia ouvi-lo do outro lado do quarto."
Suze começa a namorar Tad Beaumont, mesmo com o pai dele persiguindo-a, mas Jesse parece ter uma implicância infundada com o garoto que realmente não é aprovado por ele (vai saber o motivo...rsrs...).
"-Tad é um...
E então ele disse uma palavra que eu não pude entender, porque era em espanhol. Encarei-o.
- Um o quê?
Ele repetiu a palavra.
Olha - disse eu. - Fale em inglês.
Não existe tradução em inglês para essa palavra.
Bem, então não precisa falar.
Ele não serve para você - disse Jesse, como se isso resolvesse o assunto.
- Um o quê?
Ele repetiu a palavra.
Olha - disse eu. - Fale em inglês.
Não existe tradução em inglês para essa palavra.
Bem, então não precisa falar.
Ele não serve para você - disse Jesse, como se isso resolvesse o assunto.
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O nome do livro "O Arcano Nove" é baseado em uma carta de tarô: "O eremita, a nona carta do tarô, guia as almas dos mortos para além da tentação das fogueiras ilusórias ao lado da estrada, de modo que possam ir direto ao seu objetivo mais elevado."
O livro é bom e temos uma ideia dos sentimentos dos personagens principais, além de conhecermos mais alguns que serão importantes para a trama...
Pontuação: Quatro cafés....
O livro é bom e temos uma ideia dos sentimentos dos personagens principais, além de conhecermos mais alguns que serão importantes para a trama...
Pontuação: Quatro cafés....
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